Mulheres que Correm Com os Lobos, o livro que toda mulher deveria ler
Quando se trata de ser mulher, acredito que uma das coisas mais complexas está em conseguirmos nos autoconhecermos. Nesse quesito, eu falo de quem verdadeiramente somos, indo além dos estereótipos sociais pré-estipulados e programados em nós desde a infância. E para nos ajudar nessa jornada, Clarissa nos presenteou com uma verdadeira obra-prima.
Quem é Clarissa Pinkola Estés?
Intelectual de renome internacional, poetisa premiada e psicanalista junguiana. É vencedora do prêmio Joseph Campbell e nomeada para a Galeria de Honra das Mulheres do Colorado, em 2006. Também participa da diretoria do Centro Maya Angelou de Pesquisa de Saúde das Minorias e ensina em universidades como professora visitante emérica.
Mulheres que correm com os lobos foi seu primeiro livro, e desde então ficou conhecida por combinar mitos e histórias com análises de arquétipos e comentários psicanalíticos.
Conhecendo a obra-prima
Publicado no Brasil pela editora Rocco em 2018, o livro Mulheres que correm com os lobos começou a sua jornada entre os leitores com a fama de ser “difícil de ler”.
Eu lembro de tê-lo comprado em 2019 por recomendação de uma página do Instagram, e nos comentários vi várias pessoas diziam que era uma leitura difícil. Mesmo assim, eu comprei esse querido e sou grata por tomar essa decisão.
Isso porque esse livro, apesar de ter uma narrativa mais técnica, tem o poder de nos transformar de forma mágica. Clarissa faz isso de um jeito único ao trazer mitos, contos e lendas de diferentes partes do mundo, depois analisá-las de forma triunfal e conectá-las com arquétipos e aspectos sociais que nos moldam como mulheres.
A meu ver, uma das melhores sensações dessa obra, foi de primeiro ler o conto, ter a minha opinião, e depois ser conduzida pela autora a uma análise profunda que me fez, não somente enxergar a história contada com outros olhos, como também usar do conhecimento que ela oferece para me alto-analisar e enter questões que sempre me influenciaram como mulher.
O livro Mulheres que correm com os lobos cresceu mundialmente no boca a boca e foi se popularizando nas redes sociais, entre as mulheres, graças a sua qualidade rara.
Um Trecho da Sinopse oficial
Os lobos foram pintados com um pincel negro nos contos de fada e até hoje assustam meninas indefesas. Mas nem sempre eles foram vistos como criaturas terríveis e violentas. Na Grécia antiga e em Roma, o animal era o consorte de Ártemis, a caçadora, e carinhosamente amamentava os heróis. A analista junguiana Clarissa Pinkola Estés acredita que na nossa sociedade as mulheres vêm sendo tratadas de uma forma semelhante. Ao investigar o esmagamento da natureza instintiva feminina, Clarissa descobriu a chave da sensação de impotência da mulher moderna…
Prefácio de Mulheres que Correm Com os Lobos
“Todas nós temos anseio pelo que é selvagem. Existem poucos antídotos aceitos por nossa cultura para esse desejo ardente. Ensinaram-nos a ter vergonha desse tipo de aspiração. Deixamos crescer o cabelo e o usamos para esconder nossos sentimentos. No entanto, o aspecto da Mulher Selvagem ainda nos espreita de dia e de noite. Não importa onde estejamos, a sombra que corre atrás de nós tem decididamente quatro patas – Clarissa Pinkola Estés.”
De maneira inteligente, a autora nos instiga a nos libertarmos das amarras, a buscarmos em nosso coração quem verdadeiramente somos, indo além de quem esperam que sejamos. Ela nos faz ansiar pela liberdade que somente a autenticidade pode nos proporcionar.
Lembrando que: por mais que você não perceba, moça, no mundo todo não existe outra como você. É isso que “Mulheres que correm com os lobos” deixa mais do que claro.
O que faz desse livro crucial para todas as mulheres?
Mesmo sendo um livro gigante e escrito em formato de bibliografia, cada página, parágrafo, mito, conto ou lenda faz valer a pena a dedicação para ler e entender as análises da Clarissa. Eu sugiro ler com calma e reler sempre que achar necessário. O importante é absorver o conhecimento oferecido pela autora.
É triste pensar que a maioria das mulheres apenas se conforma em ser o que a sociedade espera delas e não se permite ir além do óbvio, se autoexplorar, conhecer, redescobrir, se libertar dos moldes e externar a sua autenticidade.
“Quando uma mulher transmite a sua verdade, quando atiça suas intenções e sentimentos, quando se mantém fiel à natureza instintiva, ela está cantando, está vivendo na corrente do vento selvagem da alma. Esse estilo de vida é um ciclo em si, um ciclo destinado a continuar, continuar, continuar – Mulheres que correm com os lobos”.
Além disso, também são abordadas questões importantes como o perdão, deixar ir, a saúde emocional, a ilusão por trás de mitos e lendas, sobre se permitir estar sozinha, autoestima, amor-próprio e tantos outros.
Meus contos, mitos e lendas favoritos dessa obra-prima:
- La Loba, a Mulher Lobo. Fala sobre a força feminina.
- O barba-azul. Me fez ver algo óbvio, do qual a grande maioria das mulheres é vítima.
- A Mulher esqueleto. Passa uma mensagem importante sobre se reconstruir.
- Os Sapatinhos Vermelhos. Mexeu comigo de maneira inexplicável.
- Pele de foca, pele da alma. Fala sobre jamais abandonarmos quem realmente somos.
Conclusões finais de Mulheres Que Correm Com os Lobos
Para todas as mulheres que buscam entender a origem daquela insatisfação que persiste em incomodar, para aquelas que buscam entender o vazio da alma e a falta de autocompreensão. Esse livro é, sim, aquele que todas nós deveríamos ler.
Mulheres que correm com os lobos é um alívio para o nosso verdadeiro eu feminino. E tem como ponto mais importante mostrar o caminho para a libertação da nossa verdadeira essência.
Sejamos autenticas, sejamos livres, sempre!
Algumas das obras dessa autora
Estou deixando lincado aqui essa obra e algumas das que Clarissa também tem públicas no Brasil. Se você comprar por esses links, estará ajudando a manter o blog.
- Mulheres que correm com os lobos
- A ciranda das mulheres sábias
- Contos dos Irmãos Grimm
- Libertem a mulher forte
Aproveite e confira a página Indicação de Livros para conhecer novas possíveis leituras.
Até a próxima!
Att, Joice Zardo.